PIC-FLORIPA

           

            A operacionalização da estratégia PIC-Floripa é desenvolvida pela CPIC com ênfase dada à etapa inicial - Oficina de Sensibilização em Práticas Integrativas e Complementares - Pactuação do Plano Local de Implantação. Esta Oficina é realizada em cada uma das unidades de saúde interessadas em implementar estas práticas, utilizando referenciais da educação crítico-reflexiva e dinâmica que visa fomentar a discussão no contexto da realidade local e pactuando ações relacionadas às PICs a serem desenvolvidas especificamente naquela unidade de sáude, considerando a articulação entre gestores, profissionais e comunidade.
           Para a realização desta Oficina, é necessária a participação de todos os funcionários da unidade, a fim de caracterizar a pactuação de ações do grupo e não apenas ações individuais, como já ocorrem. Para isso, a unidade de saúde necessita estar fechada por 4 horas, sendo, portanto, a data definida antecipadamente pelo coordenador da unidade, com ciência do Distrito Sanitário e comunicação à comunidade.  
            A Oficina de Sensibilização em PICs constitui a primeira e mais importante etapa da estratégia PIC-Floripa que possibilitará a implementação de ações em PICs nas unidades de saúde interessadas.            Durante a Oficina um membro da CPIC é nomeado tutor da unidade de saúde para o apoio no desenvolvimento das ações pactuadas, monitoramento e avaliação, devendo, para isso, realizar visitas sistemáticas às unidades e incentivar os profissionais a registrar as atividades no Sistema de Informações InfoSaúde®. Como resultado da Oficina de Sensibilização em PICs a unidade de saúde produz um documento norteador da execução das ações.           
           Além do apoio organizacional dado pela CPIC para a execução das ações pactuadas, destaca-se as atividades relacionadas à Educação Permanente necessárias à qualificação dos profissionais destas unidades de saúde em relação às PICs a serem desenvolvidas. Para isso, a CPIC buscou parcerias de instituições e entre os próprios servidores da SMS, estabelecendo um primeiro rol de atividades de educação permanente baseado nos eixos trabalhados pela Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares: Medicina Tradicional Chinesa/Acupuntura e Fitoterapia.
            Os cursos promovidos têm como público-alvo os profissionais daquelas unidades de saúde incluídas na PIC-Floripa pela Oficina de sensibilização em PICs, com possibilidade de novas edições conforme inclusão de novas unidades de saúde.
            Ainda que a estratégia PIC-Floripa seja recente, percebe-se que este processo de co-participação no estabelecimento de ações em PICs é tão importante quanto os resultados obtidos, refletindo em mudanças na percepção dos envolvidos e na cultura da própria instituição, além de contribuir para a educação permanente em saúde. Sabe-se que transformação nas práticas em saúde exige envolvimento de atores sociais, institucionais e profissionais e, apesar das dificuldades previsíveis, acredita-se que a estratégia adotada favorece o protagonismo dos sujeitos, democratizando a gestão e ampliando a atenção integral à saúde, com responsabilização pactuada entre gestores, trabalhadores e usuários, tal como estimulam as atuais políticas públicas do SUS.